
O coronavírus mudou e permanecerá mudando o modo de vida das pessoas e a relação com as outras vidas, incluindo as microscópicas, aquelas que não vemos a olho nu, mas que existem e são poderosas.
“O O SARS-CoV-2 foi identificado pela primeira vez em seres humanos em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China.[2] Pensa-se que o SARS-CoV-2 seja de origem animal.[21] O surto inicial deu origem a uma pandemia global que à data de 16 de abril de 2020 tinha resultado em 2 056 055[7] casos confirmados e 134 178[7] mortes em todo o mundo.[22] Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam várias doenças respiratórias, desde doenças ligeiras como a constipação até doenças mais graves como a síndrome respiratória aguda grave(SARS).[23] Entre outras epidemias causadas por coronavírus estão a epidemia de SARS em 2002-2003 e a epidemia de síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) em 2012.[2]” (https://pt.wikipedia.org/wiki/COVID-19)

A nossa relação com estes pequenos seres vivos não pode ser a relação de desrespeito que mantemos com as árvores, com os elefantes, com as baleias, com igarapés, rios e oceano, muito menos com o ar. O oxigênio, em particular, merece nossa atenção, turvado pela grande quantidade de dióxido de carbono que todos os dias despejamos das descargas de nossos ônibus, carros e chaminés, carregados pela energia suja dos combustíveis fosseis.
O coronavírus nos ensinou que o ar puro entrando de graça em nossos pulmões é mais importante que todo os bens e riquezas que alguns poucos concentraram, usando o modelo de economico de acumulação desenfreada de bens, que saca da natureza em um quantidade e velocidade que a natureza não consegue se refazer e se reequilibrar. O vírus não respeitou classe e nem cargo, mas atingi de morte os mais vulneráveis.
Outras mudanças, não menos importantes, também estão sendo processadas, enquanto se combate a veloz transmissão, com grande número de vítimas pessoais e coletivas, incluindo ai a quebra das economias e os conflitos do modelo de estado e de política até aqui predominante.
Os hospitais e o sistema de saúde pública de todo mundo, mesmo com o risco de colapso, tem dado as melhores respostas. Os cientistas e pesquisadores do mundo inteiro, a grande maioria financiado por verbas públicas e coletivas, é que podem encontrar as melhores respostas. O modelo de estado central, se vê obrigar a ceder poder para o poder local, este bem mais perto das pessoas e o primeiro a ser acionado. A OMS, como organização multilateral, foi quem declarou o perigo e nos alertou sobre a pandemia, sem um organismo desse porte, não teríamos nos adiantado a chegada do vírus e o número de vítimas seriam bem mais significativos.
O isolamento social, única providência mais efetiva e ao alcance das pessoas, reduziu a circulação e as atividades econômicas em todos mundo, diminuindo o nível de emissões de gases de efeito estufa, a poluição atmosféricas e fazendo surgir imagens que há muito não se observava, como os peixes nadando nos límpidos canais de Veneza ou a imagem do Himalaia, visto da Índia.
Por falar em imagem, vale mencionar aqui a Praça de São Pedro e a Catedral de Roma vazias, com o Sumo Pontífice celebrando missas pelas redes sociais, com fieis em suas casas, cumprindo o isolamento social, gesto repetido por padres e pastores do mundo inteiro.
A pandemia do coronavírus nos forçou a olhar para nossas famílias, para os outros seres e para o Planeta, com a lição de que devemos amar e cuidar do nosso futuro de forma mais humana e mais coletiva. Os sinais são fortes e tudo dependerá das nossas atitudes e cuidados.
A capacidade de resiliência da natrureza, em um espaço reduzido de tempo, é a resposta as ações desmedidas do homem em busca do acumulo desenfreado de bens e riqueza.
O caminho é esse: saúde, ciência e infra-estrutura.
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Concordo com tudo, inclusive com os caminhos, acrescentaria a ideia de construir um novo modelo de governo e de solidariedade planetária.
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A coisa não muda fica sempre no mesmo egoismo e individualismo , aliáis muda muito pouco em termos de solidariedade humana que é um processo interior ou espiritual, mas a prática social é sempre de competição e ou conflito. Veja-se o ano zero, o 1347, o 1914, o 1918 , o 1937 e tantos outros acontecimentos que marcaram o mundo mas as modificações morais e espirituais foram pequenas diante da enormidade dos fatos.Mas devemos continuar a luta.
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Devemos continuar lutando sempre. Somos o motor da história
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Excelente reflexão. Parabéns!
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