O morto por Covid-19 não é estadual ou municipal

Upas lotadas e a desunião política

As pessoas contaminadas com o coronavírus estão precisando de atendimento e não de disputa política entre o Estado e os Municípios.

O dinheiro que paga a conta das UPAS, do Hospitais, dos equipamentos, dos remédios é um só e vem do contribuinte, tendo como destino final a prestação de serviço público de saúde a todos.

O que se espera de um político no cargo público na hora de uma pandemia é a união de esforço para atender as urgências e salvar vidas, não se importando com a próxima eleição e nem com as siglas partidárias, muito menos com os adversários políticos.

O que está em jogo é a vida e com a vida não se brinca.

Os dados e as imagens das redes de televisão estão mostrando a dor das pessoas nas unidades de pronto atendimento de Belém lotadas de pacientes e parentes desesperados, em busca de atendimento e tratamento para ontem.

São unidades de portas abertas, para onde a população se dirige em busca de socorro. Estas unidades estão superlotando e tem carências totais, incluindo a falta de profissionais de saúde, alguns contaminados por estarem na linha de frente ou fora de combate por receio de ser contaminado.

O Governador do Estado e sua equipe de saúde deve juntar forças com o Prefeito e sua equipe e envidar todos os esforços possíveis para suprir todas as necessidades urgentes, mesmo aquelas que não forma planejadas.

Os hospitais estaduais devem abrir seus leitos disponíveis para transferir os doentes graves que estão nas unidades municipais lotadas. A burocracia das centrais de leitos deve ser simplificada ao máximo para evitar a fila de doentes.

O dinheiro do município e o estado devem é um só e precisar ser priorizado na compra equipamentos, medicamentos e tudo que precisar para atender a população.

O povo espera que os políticos estejam ao seu lado, solidários e fazendo de tudo para aliviar o sofrimento de quem está com os sintomas do ataque do vírus e as ameaças de contaminação.

O teste para o COVID-19, comprado com o dinheiro público, é para testar todos, de qualquer cor ou raça seja eleitor de “a” ou de “b”.

O morto por Covid-19 não é estadual ou municipal, é um morto sem placa, sem velório, sem despedida e sem enterro digno.

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