O Congresso Nacional aprovou ampliação do auxilio emergencial para diversas categorias e pessoas em situação concreta de necessidade, em virtude da pandemia e das medidas necessárias a proteção da vida, mas Bolsonaro vetou, sem dó nem piedade, que este recurso socorro os mais carentes e deliberadamente cria falsas polêmicas para tentar abafar o caso.
Dentre as categorias que não vão receber as três parcelas no valor de R$ 600,00, por causa do veto presidencial estão: família de idosos e deficientes com renda menor de 1/2 salário mínimo, família de pai solteiro que receberia em dobro, pescadores artesanais, aquicultores, agricultores familiares, extrativista, assentados, quilombolas, trabalhadores em arte e cultura, artistas de todos os ramos, taxistas, mototaxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de vans e transportes escolares, entregadores de aplicativos, diaristas, agentes de turismo, ministros de confissões religiosas, trabalhadores de academias, barraqueiros de praias garçons, barbeiros, esteticistas, manicures, pedicures…
Para conhecer as demais profissão e as razões do veto presidencial, basta vir aqui neste link e acessar a manifestação presidencial: http://www.in.gov.br/web/dou/-/despachos-do-presidente-da-republica-256966859
Ao vetar a ampliação do auxilio emergencial, Bolsonaro optou mais uma vez pela economia e tomou uma medida que prejudica muitas pessoas que contavam com este auxilio, porém, ai que vem o estilo do Presidente de jogar com a estratégia dos “Engenheiros do Caos”, a qual me referi no artigo: Bolsonaro é o capitão da mentira e do caos.
O presidente, sabendo que vetaria a ampliação, fez alguns movimentos pensados: editou um decreto ampliando as atividades essências para incluir as atividades que estavam no projeto de lei de ampliação; voltou atacar e responsabilizar os governadores pela crise da economia; trouxe de volta a polêmica da cloroquina; seguiu dando entrevistas sobre o caso de sua interferência criminosa na Policia Federa; nesta sexta-feira, depois de publicar a maldade, atacou o presidente Fernando Henrique Cardosos: “Vão dizer que um presidente que fala palavrão não está à altura do cargo. Eu acho que não está à altura presidente que rouba. O que rouba e mete a mão, esse está à altura e fala bonito, fala manso, como o ex-presidente Boca Mole aí. Continua falando besteira por aí”
Para bagunça mais ainda o cenário político, Bolsonaro construiu a saída do recém-nomeado Ministro da Saúde, Nelson Teich, o segundo Ministro a deixar a pasta em plena pandemia. Para o seu lugar, pode ser indicado o deputado Osmar Terra, que concorda em tudo com as loucuras de flexibilizar as medidas de isolamento social.
Este joguete do Presidente de falar verdades e mentiras juntas para esconder as mentiras e diminuir os impactos das suas verdadeiras ações, aquelas que prejudicam o país em benefício de seus aliados, está ficando cada vez mais explicito.
Pouco interessa se FHC é boca mole ou se tivemos presidente ladrão. FHC é ex-presidente. Lula está condenado em duas instâncias do Poder Judiciário.
O que importa é que o atual Presidente da República não está dispostos a governar para unir o país e que todos os brasileiros saibam que o Bolsonaro negou pagar o auxilio aos brasileiros que estão sem renda por tentarem se proteger da contaminação de um vírus violento e de transmissão rápida, que provoca danos sistêmicos no organismo humano, matando um em cada cinco pessoas internadas, em poucas horas, principalmente os mais pobres.
Nem uma das justificativas do Presidente da República são suficientes para manutenção de seus vetos, estamos em uma emergência sanitária e com um orçamento de guerra aprovado. Cabe agora ao Poder Legislativo fazer justiça e derrubar o veto de Bolsonaro, garantindo os direitos dos mais pobres e vulneráveis da nossa sociedade.