
O Pará tem um causa principal: deixar de ser colônia do Brasil. Para que isso ocorra precisamos nos libertamos da família barbalho, senhores de escravos e que nos mantem colonizado nos tempos atuais.
O ex-senador do Uruguai, José Mujica, renunciou ao mandato, com uma declaração muito serena e cheia de simbologias importantes sobre a política. Disse Mujica que a política não tem sucessão, tem causas e que as causas devem ser coletivas, destinadas a melhorar a vida das pessoas, tornando o mundo sempre um pouco melhor, mais feliz, humano e civilizado. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/10/20/jose-mujica-renuncia-ao-cargo-de-senador-pela-segunda-vez.ghtml
Algumas causas sobrevivem. Outras são reinventada, adaptadas, modificadas. Acreditar que é a pessoa do líder e só ele ou seu sucessor que representam as causas, sendo maiores que elas, leva a distorção da política, com a sucessão de mandatos, sem causas, apenas por interesse pessoal ou familiar. Quem muda a realidade da sociedade é a própria sociedade e suas causas, sempre através da política.
O Pará é exemplo de estado onde a política deixou de ser feita por causas.
A família Barbalho, com o pai, a mãe, filhos, tias, primos, sobrinhos e até assessores de confiança, todos em cargos público, nas mais diversas instituições do estado, é o pior exemplo que podemos deixar para história do povo que vive neste pedaço geográfica do mundo.
Uma parte do Planta farto, rica, repleta de recursos naturais, o Pará é um estado de pobreza, com tantas causas fundamentais, sem mãos dignas para empunhá-las.
Somos mais de 2 milhões de famílias vivendo aqui nesta terra de contradições. Será que apenas uma família iluminada foi escolhida pelo destino para nos dirigir e empunhar as nossas causas?
Seguindo o exemplo da família Barbalho, outras famílias estão se achando no direito de sucedê-los quando sua dinastia enfraquecer. Os vales, os seffer, os sabinos, os dias, os faros, as famílias dos pastores evangélicos bengston, queiroz, marques, estão se preparando e aos poucos assumindo cargos estratégicos na administração pública do Pará de olho no poder econômico, político e no destino de mais de oito milhões de almas.
Deixemos de lado as famílias e vamos aderir as causas, estas sim é que podem nos fazer felizes.
Não será substituindo a família do B, por outra família rica e poderosa, com filhos bem nascidos, que estudaram em escolas de boa qualidade que nos garantirá as mudanças que necessitamos. O futuro melhor será obra de todos os homens e mulheres de bem.
O Pará tem um causa principal: deixar de ser colônia do Brasil. Para que isso ocorra é preciso nos libertamos dos barbalhos, senhores de escravos dos tempos atuais.
Nossas riquezas internas devem ser usada para gerar emprego, renda, diminuir nossas desigualdades internas, fazer cair o a ocupação informal, melhorar os lares chefiados por mulheres, fazer chegar tecnologia a todos os cantos, melhorar o abastecimento de água e o tratamento de esgoto e lixo nas cidades… Hoje elas enriquecem o PIB nacional, empresas estrangeiras e um elite local pouco sensível ao sofrimento da maioria.
Deixar de ser colônia nacional é uma causa coletiva, que se for aderir por todos nós, nos fará ganhar os benefícios de forma igual. Também nos fará ver quem está a favor da causa, por tanto, a favor do coletivo, ou quem está nos enganando e querendo nos usar para os seus próprios benefícios e de seus familiares.
Estou com 63 anos lutando pelo Pará. O Pará não merece este destino de ser um estado de sucessores sem causas. Já ajudei a todos os grupos políticos existentes por aqui, até eles fazem questão de me criticar por não ser fiel a eles, não sou mesmo, sou fiel a causa e me decepcionei com muitos deles, que nos enganar fazendo crer que tem bons propósitos, mas no fundo trabalham em benefício restrito e privado.
Eles prometem lutar pelas causas, mas o que desejam mesmo é a sucessão para os seus.
Acredito que você também está cansado de tudo isso. Levantemos de nossas cadeiras e caminhemos. Não podemos concordar com este destino. Temos causas. Vamos empunha-las. Pagar o sacrifício que for necessário para viver juntos uma nova realidade.
Se você leu até aqui e concorda, me dê uma curtida, deixe um comentário e coloque seu e-mail para criamos uma corrente em prol de um novo momento no Pará de todos.