O Presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que não tomará a vacina e até tentou torná-la facultativa como querem alguns de seus seguidores, alegando o direito à liberdade de decidir e de não ser obrigado pelo Estado a imunização.
O homem nasce livre, mas viver livremente depende de transpor obstáculos. Alegar a liberdade neste caso, revela baixa qualidade intelectual ou moral.
Os obstáculos à liberdade podem ser físicos, intelectuais ou morais.
Ninguém no Brasil vai ter sua liberdade ameaçada fisicamente por não tomar a vacina.
A vacina no Brasil sempre foi obrigatoriamente ofertado pelo Estado e aderida espontaneamente pela população, atendendo as campanhas eficientes, que tornaram o Brasil um exemplo em imunização, bem como erradicando doenças graves.
A liberdade, no caso da vacina, se é expontânea, deve obedecer a imposição de cunho intelectual e moral.
Os fatores intelectuais limitam a liberdade, quando,?através de informações científicas, o cidadão se convence da importância, da eficácia da imunização sua e das outras pessoas e auxilia o Governo em suas campanhas de vacinação em massa. No caso da pandemia, vacinar e imunizar o maior número de brasileiros significará a possibilidade de retomada da economia, liberando os recurso públicos do auxílio emergencial.
Mas a liberdade também está limitada por causas morais. A vida é um dom e deve ser preservada sempre. Preservar a própria vida é um dever e cuidar da vida do outro uma imposição moral decorrente do exercício da compaixão.
A liberdade plena, sem limites, reivindicada por quem não deseja ser imunizado, revela um ato político intelectual de desacreditar à ciência, as fontes de produção de conhecimento e as fraquezas morais, se quem não tem amor pela vida e nem empatia.