Os moradores de Marituba por inúmeras vezes disseram as autoridades que não querem conviver com um lixão e sua fedentina. As autoridades se fazem de surda e na semana que passou surpreenderam os cidadãos daquele município com a liberação de mais uma licença ambiental irregular.
O prazo para encerrar o Lixão de Marituba encerra em maio e até a presente data prefeitos e governadores não se mexem, vão empurrando com a barriga e trabalhando com a ideia do fato consumado.
A frase: o que não tem remédio, remediado está, não se aplica ao caso do destino final do lixo da Região Metropolitana. O lixo tem remédio e o remédio está na aplicação correta da política nacional de resíduos sólidos, prevista na Lei n.º 12.305/2010.
Volto a minha pergunta: por que os administradores públicos não querem fazer o que é correto e insistem em manter os contratos milionários das empresas de coleta e tratamento de lixo? Não quero duvidar da honestidade de ninguém, mas dá para desconfiar que neste reino há algo de muito estranho.
Desembargador Luis Neto, por favor, diga claramente a todos os gestores que não vai haver prorrogação e que eles precisam cumprir a Lei, chamando e organizando as cooperativas e a coleta seletiva para o bem de todos nós, incluindo o meio ambiente.