
Tudo indica que Monique Medeiros negligenciou seu papel de mãe para preservar as vantagens pessoais que recebia do matador de seu filho, Henrry Borell, o dr. Jairo, vereador e político, integrante da milícia do Rio de Janeiro e com um passado de violência contra mulheres e seus filhos.
Ao dizer em uma carta endereçada ao ex-marido, que, agora, depois do assassinato cruel de Henrry, preferia morar num quartinho nos fundos da casa de seu pai, Monique confessa que trocou a vida pobre e a segurança de quem deveria amar, cuidar e criar, por apartamento na Barra, cargo de 16 mil no Tribunal de Contas, roupas, festas, status social, embelezamento e outras vantagens.
Jairo era violento, agredia e colocava a vida de seu filho em risco e ela sabia, mas pesava na balança as vantagens que perderia ao cortar as relações com Jairo. Relevava seus graves defeitos, preferindo fazer o filho suportar os maus-tratos, afinal, era por uma boa causa, o elevador social que pensava estar subindo. Como desculpa, colocava no rol das vantagens e na paz de sua consciência perturbada, os bens materiais e o futuro que Henrry não teve.
Ao chegar a essas conclusões, a partir das noticias divulgada pela imprensa sobre o caso, e ver alguns brasileiros autorizando a quebra da democracia, entregando poder a pessoas cruéis, sem olhar para mais de 400 milhões de mortos, sem perceber o desemprego, a fome, a destruição da economia, das instituições, das populações tradicionais ameaçadas, dos recursos naturais, não tenho como não compará-los a Monique.
As “moniques” que vão às ruas em manifestações sem sentido, para apoiar políticos perversos, estão colocando em risco a vida de brasileiros e do futuro desta jovem nação. Uma nação que em 500 anos experimentou pouco tempo de estabilidade, de vida democrática, mas acumulou muitas dividas com seu povo.
A colonização e a destruição das populações tradicionais, com sumiço de etnias numerosas. A escravidão de negros e indígenas. A pobreza e a desigualdade pessoal e regional. os inúmeros golpes de estado, com vítimas de torturas e desaparecidos. A brutal concentração de renda e de poder. São feridas expostas de um povo resistente.
A Monique da cruel história de Henrry se arrependeu tardiamente, quando a criança está morta, mas os brasileiros que fazem vista grosa a políticos corruptos, violentos e oportunistas, precisam colocar a mão na consciência e demonstrar o nosso arrependimento antes que seja tarde.
Chega de acreditar no algoz ou nos seus capatazes. Capitães do Mato são ex-escravos vendidos. Vamos cuidar dos nossos filhos e do futuro desta nação maravilhosa.