
O governador Helder Barbalho, durante sua campanha eleitoral prometeu pagar o piso salarial aos professores. No exercício do cargo passou a postergar o cumprimento da promessa assinada com o SINTEP, mas a categoria não aceitou e cobrou com todo o direito. Numa jogada de “passa moleque”, o Governador enviou para Assembléia Legislativa um projeto de lei que faz de conta que concedeu o Piso Salarial, mas na verdade retirou direitos através de uma manobra que alterou o Plano de Cargo e Salários, mexendo na desvinculação de vantagens, conforme bem resumiu o coordenador do SINTEP:
“O governo propõe alterar vantagens desvinculando do vencimento base as aulas suplementares – que são as extrapolações na carga horária para poder sobreviver – pagando isso de maneira seca, como se fosse hora extra; o segundo ponto é o congelamento da gratificação de magistério, paga a professores que estão em sala de aula na docência, fixando essa gratificação por titularidade referente a especializações, mestrado e doutorado, de acordo com a política de reajustes de servidores públicos”, argumenta Alberto Andrade, coordenador do sindicato.
Dos 32 deputados presentes, apenas a deputada Marinor Brito votou contra e teve suas duas emendas rejeitadas pelos demais. A bancada do Partido dos Trabalhadores (quem diria, virou base dos barbalhos), antes comprometida com os trabalhadores, acompanhou o voto da maioria dando voto a malandragem explicita.
Os professores que sabem que a lei aprovada pela Alepa não passou de manobrar para que o governador tenha discurso dizendo que cumpriu com a promessa de campanha pagando o Piso Salarial, estão ainda mais indignados com as propagandas oficias nas redes sociais que usam de artifícios para confundir as pessoas comuns do povo, como nesta nota da SEDUC:

A categoria dos professores conhecem bem seus direitos, sempre lutou muito por eles. Enfrentou Hélio Gueiros, Jader Barbalho, Almir Gabriel e Simão Jatene. Fez greve de fome. Apanhou da polícia. Não vai ser um grotesca manobra que irá cala-los.
A lei que a Assembléia Legislativa alterou para ludibriar a categoria foi fruto de muita luta e a manobra será cobrada com juros e correções monetárias, sobrando a conta até para os deputados do PT, que jogaram a história no lixo e votaram com o Palácio dos Despachos.