Um ministro terrivelmente evangélico no STF

A comunidade de pastores evangélicos, lideradas pelo pastor Silas Malafaia e pelo deputado federal Marcos Feliciano, abriram mais uma crise política no governo Bolsonaro, por causa da indicação do de André Mendonça, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.

Os líderes evangélicos acusam os ministros do “Centrão”, como o chefe da casa civil, Ciro Nogueira, de estarem trabalhando contra a indicação do “terrivelmente evangélico”, nome da preferência religiosa destes líderes.

O caso levanta a necessidade de se saber por que os pastores de igrejas neopentecostais desejam tanto indicar um ministro do STF ?

A fé religiosa é necessária para interpretar a Carta Constitucional da República ?

Ao STF, compete a guarda da Constituição Federal, Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição , cabendo-lhe:”

Aos líderes religiosos compete a guarda dos livros sagrados próprios e seus ensinamentos espirituais.

Onde estes dois interesses se completam?

Um ministro do STF deve zelar pelo fiel cumprimento e interpretação da nossa Constituição Federal, cujo primeiro princípio é a natureza do estado laico. Também compete ao STF preservar o princípio as liberdades, dentre as quais, está liberdade de culto religioso.

Sendo assim, não haverá espaço para que um ministro “terrivelmente evangélico”, use sua fé e suas crenças religiosa para julgar e interpretar a Carta Magna.

Se o ministro não pode fugir das regras constitucionais e favorecer a um crença, por que estes pastores querem tanto influenciar na nomeação de um ministro?

Fica a dúvida no ar: que interesses outros movem estas pessoas?

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