André Mendonça, ex-advogado geral da união, indicado pelo presidente da república, Jair Bolsonaro, para ocupar a vaga de Ministro do STF, Corte de Justiça responsável por interpretar a Constituição Federal, finalmente vai ser sabatinado pelos Senadores.
Depois da sabatina, o nome de André Mendonça será submetido a votação. Alcançando 41 votos, será o mais novo integrante da Suprema Corte.
O Presidente Bolsonaro denominou a sua indicação de um ministro “terrivelmente evangélico”. André é pastor da Igreja Presbiteriana e prega que em dez anos os evangélicos serão maioria no Brasil, um país historicamente católico.
A questão religiosa está sendo usada para esconder o verdadeiro debate que é da linha conservadora de interpretação da Carta Constitucional, contra as visões mais avançadas que valorizam os princípios constitucionais.
Os conservadores brasileiros não aceitam as conquistas de direitos consagradas pelo STF nos julgamentos mais importantes e definidores da linha majoritária da Corte. Questões como união estável. Garantias dos direitos fundamentais, como ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal. Questões raciais e de gêneros desagradam a ala de André Mendonça.
Não se pode deixar de mencionar que foi o STF que impôs limites constitucionais ao desejo do presidente da república de governar de forma ditatorial, principalmente no período grave da pandemia, quando os seus aliados usaram o princípio da liberdade para atacar as instituições democráticas, pregar a não vacinação e as restrições sanitárias.
André Mendonça é terrivelmente conservador e ficará por 27 anos no STF trabalhando para que seus valores se tornem majoritários e restrinjam direitos, avanços e conquistas dos povo brasileiro.
Zé Carlos do PV 