O futuro do Pará é verde

Desenvolvimento sustentável, gerando emprego, renda e equilíbrio ambiental.

Foto: AgoraPará

O Pará, tem 40,64% de sua população abaixo da linha da pobreza, o que significa 3.562.752 (três milhões, quinhentos e sessenta e dois mil, setecentos e cinquenta e dois) paraenses vivendo com menos de meio salário mínimo.

O Mapa da Exclusão Social, documento produzido pela FAPESPA, fundação de pesquisa do estado, para medir a eficiência das políticas públicas, afirma que o Pará tem índice de distribuição de renda próximo aos da Noruega, país que ocupa um dos primeiros lugares em desenvolvimento sustentável do Planeta.

O índice de GINI, do Pará, segundo o Governo, foi de 0,2927, em 2020.

Para esse índice de GINI representar a realidade da distribuição, a renda no Pará deveria estar circulando entre oitenta por cento da sua população, diminuindo o número de pessoas abaixo da linha da pobreza para próximo de vinte por cento.

O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero a cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza. Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos.  Fonte IPEA

https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2048:catid=28

O conceito do índice criado pelo matemático italiano e aceito pela ONU para medir a distribuição de renda em todos os países do mundo, compara a renda dos mais pobres, com a renda dos mais ricos.

Por esse método, o índice de GINI do Brasil é 53,3, estando o nosso país longe do caminho ideal da distribuição de renda. Conforme dito acima, o ideal de igualdade é quando os números estão próximos de zero.

A Noruega, país que ocupa o primeiro lugar em desenvolvimento humano, tem o índice de GINI de 27,5, enquanto o da Suíça, 32,3. A África de Sul, país que está na 113º posição mundial em desenvolvimento humano, tem o índice de GINI de 63,0.

O Pará chegou a esses números simplesmente alterando a metodologia de cálculo. No lugar de medir a renda dos vinte por cento mais pobres e comparar com os vinte por cento mais ricos, a FAPESPA, instituição responsável por emitir o Mapa de Desigualdade, usou a base de comparação entre as pessoas que ocupam emprego formal.

Os presentes resultados mostram o Coeficiente de Gini, calculado a partir da relação entre as variáveis: proporção acumulada da população com vínculo formal de trabalho e proporção acumulada da renda do emprego formal, cujas variações foram analisadas no período de 2019 a 2020.

https://drive.google.com/file/d/1rhZI5jtMHHMjXB_g2dAjzqqfnqB6w5eZ/view

O Pará continua sendo um estado que gasta suas receitas obtidas por meio da venda dos ativos minerais, principalmente, mantendo o seu povo na extrema pobreza, apostando num modelo econômico predador e concentrador de renda, cujo crescimento não vem acompanhado de melhoria na qualidade de vida da sua população.

O desenvolvimento, em qualquer concepção, deve resultar do crescimento econômico acompanhado de melhoria na qualidade de vida, ou seja, deve incluir “as alterações da composição do produto e a alocação de recursos pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, alimentação, educação e moradia)”
(VASCONCELLOS e GARCIA, 1998, p. 205).

https://revistafae.fae.edu/revistafae/article/view/477

O grave é que o Mapa da Exclusão Social, como instrumento de planejamento de políticas públicas, deveria ser avaliado pelo Tribunal de Contas do Estado e Assembleia Legislativa, junto com a prestação de contas do exercício correspondente, para mensurar a eficiência das políticas públicas, porém, pelo visto, isso não vem acontecendo e a triste realidade teima em aparecer no CADUNICO, cadastro que recebe os dados das pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, onde o Pará ocupa a triste realidade de ter 40,34% dos paraenses nessa condição inaceitável.

O Partido Verde do Pará, em 2014, lançou candidato ao governo do estado e apresentou propostas para mudar a perversa matriz econômica concentradora de renda e destruidora do meio ambiente.

Diminuir a pobreza e a desigualdade só acontecerá quando o Governo apostar em tecnologia, no uso da ciência e na produção local sustentável, compromisso que o Partido Verde assumiu publicamente e por ele continua lutando ao lado das pessoas que pensam e apostam que outro futuro é possível.

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