
O Brasil virou o paraíso dos food por aplicativos e entregas por delivery. Todos os dias cruzamos com jovens em motocicletas e bicicletas, portando mochilas coloridas, com as marcas das empresas de aplicativos.
Recebem por entrega. Não tem carteira assinada. Não fazem jus a férias, décimo terceiro, licença saúde, licença por ocasião do nascimento dos filhos ou da morte de parentes.
O item 3, do artigo 23, da Declaração Universal dos Direitos humanos fala do trabalho com dignidade:
Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.
O que as pessoas recebem por remuneração pelo trabalho em aplicativo de entrega não preenche os requisitos do diploma universal e por isso não podemos chamar esse trabalho de trabalho digno. Não é!
O trabalho dignifica a pessoa, mas não é qualquer trabalho que pode ser chamado de trabalho digno.
Os escravos trabalham duro, mas não tem dignidade, sendo-lhes roubada a humanidade e a liberdade: “Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos”
O desfio é reverter esse quadro, garantindo melhor emprego e dignidade, construindo outro futuro para nossa juventude.
Por isso, nossa hashtag precisa seguir e contagiar o Brasil:
#outrofuturoépossível