Um estado onde mais de 40% da sua população tem renda inferior a meio salário mínimo, como é o caso do Pará, tem que priorizar a bandeira da ODS 01, da ONU, de erradicação da pobreza, compromisso assumido oficialmente pelo Brasil e que é um dos objetivos da nossa República, previsto no art. 3.º da Constituição Federal.
Todo o investimento do estado precisa ser destinado a tirar as pessoas dessa condição nefasta de não ter vida com dignidade, uma das garantias do art. 5.º da mesma Carta Magna.
O Pará tem riqueza suficiente para distribuir melhor para os seus filhos, gerando emprego e renda para muito mais pessoas.
A escolha por um modelo econômico predatório e concentrador de riquezas, apostando em minério e commodities agrícolas está fazendo muito mal ao povo paraense. Se a União quer que o Pará seja contribua para fazer saldo na balança comercial brasileira, que invista recursos necessários a compensar o estado e seu povo pelos impactos negativos que essa política gera.
Vereadores, deputados, senadores, governadores, secretários, membros do ministério público, juízes, em fim, todo e qualquer pessoa em cargo público precisa saber que essa é prioridade.
Quem ganha salário do estado acima de um certo valor razoável, deve abrir mão de qualquer reivindicação de novos aumentos, gratificações ou qualquer outra vantagem e destinar todos os recurso possíveis para investir nessa meta prioritária.
Com mais de 40% das pessoas na condição de pobreza absoluta nada funciona, nem a democracia se sustenta.
Um individuo nessas condições não vota e nem escolhe seus representantes com consciência de cidadão. Vota trocando o voto e é vergonhoso alguém se eleger sabendo que seus votos vieram da miséria alheia.
Zé Carlos do PV 