
A sociedade paraense acreditará na versão apresentada pela Policia Civil do Pará ao final das apurações do caso?
A Polícia Civil deve ser um órgão de estado, acima dos interesse econômicos, políticos, ideológicos ou de governantes de plantão. O seu papel é entregar a sociedade as explicações convincentes e legitimas de as apurações sobre todos os crimes.
O caso do suicídio da juiz Monica Figueiredo, esposa do também juiz, João Augusto, duas pessoas influentes, com familiares e amigos que podem alterar o curso do processo, estão sobre a torrente de versões que circulam na boca do povo desde que o fato foi noticiado pela imprensa paraense.
A juíza, Monica Figueiredo, foi encontrada morta, no interior do seu veículo e levada pelo esposo, no carro onde foi encontrada até a Divisão de Homicídio da Policia Civil do Pará.
A noticia narrava que o Juiz, no BO, contou que teve um discussão com sua esposa, que ela teria arrumado as malas, descido até o estacionamento do prédio, dizendo que iria viajar. Por volta das 6h40, quando iria sair para trabalhar, o Juiz não encontrou a chave do carro. Ele, então, pegou a chave reserva e ao chegar na garagem onde veículo estava estacionado, encontrou o veículo com a porta aberta e ao se aproximar percebeu que sua esposa havia cometido suicídio. Foi nesse momento que o Magistrado entrou no veículo e se dirigiu a Delegacia de homícidio.
Após circular a versão dada pelo Juiz, Inúmeras perguntas passaram a alimentar a criatividade por trás dos boatos e da verve cronista do povo paraense.
- Como um juiz de direito, conhecedor das leis, altera a cena do crime?
- Um mulher tão bonita bem sucedida não teria motivos para tirar a própria vida?
- O carro foi estacionado em um prédio onde o casal não residia?
- Dificilmente um suicida atira no peito?
- Por que o Juiz-marido não foi levar a esposa no aeroporto e, ao contrário, preferiu dormir?
- A juíza já está vivendo um relacionamento abusivo?
- Como pode um Juiz que está na Vara responsáveis por crimes de violência doméstica agir assim?
Quem vai responder a todas essas perguntas é a investigação policial. São os investigadores e peritos da policia civil do Pará, usando as melhores técnicas de investigação, dentro de um clima que não permita interferência e nem pressão, incluindo a pressão da opinião pública, é que coletarão todas as provas para afirmar ou negar a versão apresentada pelo juíz João Augusto.
A seriedade, o profissionalismo e a isenção que conduzirão as apurações é que irão confirmar as suspeitas ou nega-las e fazer a sociedade acreditar ou confirmar suas suspeitas.
Uma polícia investigativa competente e com credibilidade perante a opinião pública cultiva no povo o senso de justiça que os orienta a obedecer a lei e cultivar a paz social.