
O que o sistema econômico, baseado no estimulo ao consumo desenfreado, no lucro acima de tudo e na acumulação de riquezas nas mãos de poucos, está fazendo de mal para as pessoas e o Planeta, não tem registro em outras épocas.
Eventos dramáticos ocorreram no passado que trouxeram consequências terríveis ao clima.
A extinção dos grandes animais com registros arqueológicos inquestionáveis é uma das fotografias desses eventos. A Torá e a Bíblia registram pelo menos dois outros fatos de mudanças de climas: o dilúvio e os sonhos de José do Egito. Porém, nem um desses eventos teve interferência humana como está sendo observado atualmente.
No dia 05 de junho, dia mundial do meio ambiente, é o momento de se fazer debates sobre as mudanças climáticas e encontrar saídas para salvar as pessoas, principalmente as mais vulneráveis.
As mudanças climáticas decorrem de inúmeros fatores. Vamos focar apenas na devastação da floresta amazônica e veremos o quanto de imbecilidade e egoísmo existem no modelo econômico que vem sendo praticado por madeireiros, sojeiros, pecuaristas, garimpeiros e outros mais.
A atividade madeireira pode ser praticada sem ofender floresta?
Apenas em caso raro, onde o manejo florestal acompanhado, fiscalizado, com técnicas avançadas for possível de ser exercido. Retirar a floresta para transformar a área em pasto e depois em plantio de monocultura de soja, por exemplo, é um atentado contra a humanidade.
A Amazônia não foi feita para receber o boi e nem a soja. Essas duas atividades não são compatíveis com a floresta em pé.
Garimpos na Amazônia, uma atividade que nunca poderia ser tolerada sem que estudos e técnicas avançadas fossem testadas e aceitas por órgãos capacitados e isentos. O garimpo, com as pcs e o mercúrio causam malefícios irreversíveis ao meio ambiente e as pessoas.
Essas atividades econômicas, além dos impactos ambientais, provocam danos sociais absurdos. Expulsam pequenos e médios proprietários. Afetam as atividades da agricultura familiar e dos extrativistas. Concentram renda nas mãos de poucos, deixando no seu rastro miséria e violência.
É bom fazermos educação ambiental para conscientizar as pessoas sobre consumo, reciclagem, reaproveitamento. É bom Implantar a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o novo marco legal do Saneamento e estimular o uso de transporte público. Mas se não atacarmos o cerne do problema, colocando freios na ganância econômica, as consequências serão desastrosas.
O futuro das próximas gerações está sendo desenhado agora. Dia 05 de junho de 2022, se todos quiserem, pode ser o marco inicial de uma nova era.