Guerra é o que se pode esperar da disputa por uma vaga de deputado federal no Pará.

A disputa para ocupar as dezessete vagas de deputados federais representando o povo do Pará no Câmara dos Deputados está acirrada, muito acirrada. Com sabor amargo para alguns dos atuais ocupantes.

O motivo não está o embate de boas ideias. Nem na liberdade de julgamento dos eleitores, avaliando livremente os desemprenho dos atuais ocupantes das cadeira.

O cenário ser apertado decorre da manipulação das regras do jogo político e do uso de muito recurso público por parte dos mais forte concorrentes.

Vejamos os dados e suas implicações.

Vinte partidos e federações lançaram candidatos ao cargo de deputado federal. Para valer mesmo, apenas onze legenda disputam as dezessete cadeiras.

É bom dizer que nem todas as legendas e nem todos os candidatos disputam com as mesmas armas e condições.

O MDB, por exemplo, que está na máquina estadual, com o candidato a governador em primeiro lugar nas pesquisas, e chapa mais competitiva, concorrer com maior chance de conquistar números maiores de cadeiras.

Lembrando que a décima sétima vaga, que era ocupada por Beto Faro, está sendo disputada pela esposa do candidato a senador, a deputada estadual Dilvanda Faro.

Ou seja, nesta eleição não tem cadeira vazia e quem desejar ser deputado federal precisará derrotar os que já estão no cargo.

Pela lei da impenetrabilidade de Isaac Newton Dois corpos distintos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço e ao mesmo tempo. Aplicada ao caso concreto, para entrar alguém novo, os atuais ocupantes das cadeiras de deputado federal devem perder a posição.

Quem perderá?

O União Brasil, para eleger Hélio Leite e Celso Sabino, precisará conquistar duas cadeiras, o que significa que a soma de todos os votos da chapa mais a legenda, deve alcançar perto de 500 mil votos.

Paulo Bengston, do PTB, disputa uma vaga com o candidato Márcio Miranda, caso o partido não alcance votos suficientes para que os dois sejam eleitos.

A Federação Brasil da Esperança tem atualmente duas cadeiras que estão sendo disputadas por diversos pretendes, incluindo o deputado Airton Faleiro, a deputada estadual Dilvanda Faro, a secretária nacional da CUT, Carmem Foro, a ex-governadora Ana Júlia Carepa e o Partido Verde, que faz parte desse time e lançou como candidata única a bióloga Cris do PV. A Federação pode ampliar suas cadeiras caso o voto de legenda cresça beneficiado pela candidatura de Lula.

No PSOL, a disputa está entre a atual deputada Vivi Reis e a deputada estadual Marinor Brito.

No PSD, disputam as vagas os deputados federais Júnior Ferrari e Eduardo Costa. O atual deputado estadual, Raimundo Santos, também concorre a uma cadeira de deputado federal pela legenda é um forte concorrente.

Cassio Andrade, presidente estadual do PSB, é o preferido da chapa. Como o partido de Cassio saiu sozinho e a chapa foi montada de última hora, seu adversário mais forte é o coeficiente eleitoral.

Cristiano Vale, do PP, é franco favorito do Partido e pode ser eleito caso a legenda consiga alcançar votos suficientes para conquistar a cadeira.

Na mesma situação do União Brasil estão os deputados Joaquim Passarinho e Eder Mauro, candidatos do PL. Porém, como o candidato a presidente Jair Bolsonaro é do mesmo partido deles, a tendência é que a chapa seja agraciada com votos de legenda.

A Federação PSDB/Cidadania precisa alcançar o coeficiente para conquistar uma cadeira que está sendo disputada está entre Lena ou Nilson Pinto e Arnaldo Jordy.

O MDB, hoje, ocupa três cadeiras na Câmara dos Deputados: Priante, Elcione, Olival Marques. Porém, na chapa inscrita, tem muitos nomes fortes e com muita estrutura de campanha, são eles: Renilce Nicodemos, Keniston Braga, Antonio Doido, André Siqueira, Alessandra Haber e Ursula Vidal.

Este cenário pode ser totalmente alterado com a possibilidade de candidaturas surpresas. Candidatos desconhecidos do mundo político e das previsões dos cientistas de plantão. O eleitor costuma pregar suas peças nos políticos mais experientes.

É provável que nos últimos dias de campanha, o eleitor paraense seja alvo de perseguição implacável em busca de seu voto, com cabos eleitorais, material, disparos de mídia digital em quantidade nunca vista. Sem contar as ofertas de compra de votos, disfarçadas de contratação de boca de urna, com a cotação subindo mais que as ações em pregões das bolsas de valores.

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