
O bolsonarismo virou uma realidade política como um grupo da direita conservadora no Brasil. Alcançou uma expressiva votação de 58 milhões de votos no segundo turno das eleições presidências, balançando a bandeira fascista, marcada pelo slogan: Deus acima de todos, Brasil acima de tudo.
O bolsonarismo se apropriou das cores e do principal símbolo nacional, brandindo suas palavras de ordem: Deus, Pátria, Família e Liberdade.
Mas será que os eleitores que votaram no bolsonarismo sabem e concordam com os objetivos políticos econômicos reais que esse grupo defende?
O bolsoarismo se divide em dois grupos, que vou denominar aqui, para efeito de compreensão, em Pregadores e Pecadores.
Os pregadores sabem muito bem que o objetivo político é um estado com o poder executivo forte e estado mínimo para sustentar uma economia liberal, sem regulação, seja na área social, dos direitos trabalhistas e da proteção ambiental, onde o deus para o qual entregaram suas almas é o mercado.
Do grupo de pregadores faz parte políticos, pastores, artistas, empresários do agro, membros das forças polícias federais e dos estados e influenciadores digitais.
O grupo dos pecadores, deseja apenas ganhar o reino da prosperidade e vencer na vida. Não tem domínio intelectual dos objetivos do bolsonarismo. É influenciado pelo medo do inferno e do demônio da esquerda. Estimulado a lutar contra o mal em uma guerra patriótica, moral e religiosa.
Fazem parte do grupo dos pecadores os fieis de igrejas evangélicas, conservadores da igreja católica e cidadãos capturados pelas bolhas das redes sociais.
Os pregadores isolam os pecadores, fazendo-os desconfiar de emissores de informações e opiniões que não sejam aquelas que emanam de suas redes sociais. Por isso atacam a imprensa, os professores, a ciência e as instituições, pondo todos em descréditos.
Lula e a frente ampla que formou para vencer as eleições precisará furar a bolha e o cerco das desinformações para chegar ao coração e as mentes dos pecadores.
O governo do presidente precisará provar com fatos concretos que não pertence às forças do inferno e que não está a serviço dos espíritos malignos espalhados pelos ares. Que não fará do Brasil uma ditadura e que o estado não será tomado por uma organização criminosa corrupta.
Os programas de geração de emprego, renda, oportunidades e de promoção e inclusão social terão papel muito importante para levar felicidade e paz a casas das famílias brasileiras.
Mas só isso não basta, será preciso muito mais. A guerra ideológica e de contra informação seguirá fazendo estragos.
As forças democráticas precisarão estar unidos, deixando de lado projetos individuais, apoiando o governo, realizando um trabalho eficiente junto a sociedade.
Novas organizações sociais devem surgir e ocupar os espaços de debates junto a classe média e nas periferias das cidades.
Uma rede de influenciadores do bem precisa se formar e atuar espalhando verdade e paz.
O cuidado com o meio ambiente, principalmente com a Amazônia e as consequências das mudanças climáticas, abrirá as portas do mundo para o Brasil do futuro.
A batalha será dura, mas a democracia precisa vencer e vencerá.