
A democracia é o sistema político que iguala as pessoas, dando a elas o direito de decidir o destino do seu país, independente de classe social, raça ou origem geográfica.
É através do voto que o cidadão se manifesta e escolhe seus representantes, as principais questões econômicas, sociais e ambientais de onde vive.
Na democracia, o voto de um pobre é igual a de um rico.
A ditadura, ao contrário, uma minoria usando de força, assume o poder e impõe suas vontades, sem respeitar as posições contrárias. Perseguem opositores, calam a ciência e a imprensa.
A eleição brasileira, que elegeu o presidente Lula, candidato que se apresentou com uma pauta social e ambiental bem definida em favor dos mais pobres, irritou uma parcela dos eleitores.
Estes eleitores preferiram o candidato defensor do livre mercado. Inconformados com a decisão das urnas, os apoiadores do candidato derrotado passaram a fazer atos em frente aos quartéis, pedindo a volta da ditadura, hostilizando os eleitores do candidato vencedor e discriminando as pessoas por discordar de suas escolhas.
A revolta xenofóbica ficou expressa em muitas manifestações, como a de um empresário mineiro, proprietário de muitas empresas e do jornal O Tempo.
Vittorio Medioli, italiano naturalizado brasileiro e prefeito de Betim, defendeu a separação do Brasil dos ricos, dos eleitores de Bolsonaro, do Brasil dos pobres, que votaram em Lula.
Para Midioli, no seu discurso dos ricos contra os pobres, temos dois brasis:
“Um que produz mais e arrecada impostos, e outro, paradoxalmente mais carente, que vive das transferências. Dessa forma, a divisão territorial, por meio de um ‘divórcio consensual’, está com suas sementes se espalhando”
Os discursos, os atentados contra o sistema eleitoral, as FakeNews e os atos em frente aos quartéis do Exercito, financiados por empresários, pedindo ditadura, ao contrário de produzirem consequências graves para as instituições do país, nos deram a certeza que a democracia é fundamental para alcançarmos um Brasil de gente, com direitos iguais e justiça social.
O Brasil tem uma longa história de exclusão da maioria do seu povo, não raro por ditaduras cruéis, sanguinárias e perseguidoras, com foi a que se instalou em 1964 e que durou mais de 20 anos.
As populações originarias, os negros escravizados e os imigrantes que para cá vieram em busca de dias melhores, sempre ficaram de fora das decisões políticas e dos benefícios econômicos e sociais gerado pelo esforço coletivo.
Os poucos privilegiados reagem sempre contra a democracia, quando esta avança e inclui a população. Os de cima não abrem mão de privilégios, mesmo que isso custe o sacrifício de muitos.
O caminho para corrigir as desigualdades históricas é fortalecer a democracia e a participação real da sociedade nas decisões das políticas do país. Assegurar os direitos garantidos na Constituição Federal e melhorar cada vez mais o sistema político, com mais transparência e mais eficiência.
A democracia venceu e o presidente Lula, eleito legitimamente, governará com uma frente ampla, onde estão os melhores brasileiros. É desse governo que se espera a retomada do Brasil que tanto os brasileiros sonham.