O Senador Zequinha não gosta das organizações não governamentais

O Senador paraense, Zequinha Marinho foi indicado pelo Partido Liberal como membro da Comissão Parlamentar de Inquérito, instalada para investigar as organizações da sociedade civil, comumente denominadas de ONGs.

Pelo título ONGs, denomina-se todas as organizações sociais, como a Caritas, a Conservação Internacional, os Médicos Sem Fronteiras, a CUFA, o Lyons… Elas não pertencem ao Estado, são organizadas por cidadãos, embora possam fazer convênios com órgãos públicos.

O Senador não foca em todas as ONGs, como ele mesmo diz, mas só nas Organizações que defendem a floresta e os povos pobres que vivem em harmonia com o meio ambiente.

O Senador Zequinha declarou que seu objetivo é

Vamos investigar o desvirtuamento da ação das ONGs no Brasil, sobretudo na Amazônia, onde elas atuam como um governo paralelo. Não são todas as ONGs, mas muitas delas parecem trabalhar para que a região amazônica se mantenha numa condição de subdesenvolvimento, com um dos piores índices de desenvolvimento humano. Essa influência é danosa e precisa ser melhor investigada. Quem são os verdadeiros interessados nisso? Vamos apurar e acabar com essa interferência nociva das ONGs. Nosso objetivo é resguardar a soberania nacional.
zequinhamarinhooficial

A declaração do Senador é confusa, como vocês podem ler acima. Mas é confusa de proposito, pois o Senador não diz que é contra as ONGS porque essas organizações combatem as grilagens de terras públicas, o desmatamento e a degradação ambiental.

No período do Governo do Presidente Jair Bolsonaro, apoiado pelo Senador Zequinha Marinho, quando os ambientalistas e suas ONGS forma perseguidas, o desmatamento na Amazônia cresceu a níveis nunca vistos. Atingiu uma área de 326 mil km2. A degradação ambiental, tão grave quanto o desmatamento, foi de 365 mil km2.

Para você ter uma ideia do que isso representa em termos de território, essa área toda somada, representam os Estados de Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Espirito Santos, juntos. É quase duas vezes maior que a Noruega e mais de 36 milhões de campos de futebol do tamanho do Mangueirão.

Não são as organizações da sociedade que trabalham contra o desenvolvimento humano na Amazônia, mas sim o desmatamento, a degradação e a ausência de políticas públicas, aliada ao modelo de desenvolvimento que privilegia, boi, soja e minério, em detrimento das pessoas.

Quanto a soberania ameaçada pelas ONGs, o Senador Zequinha sabe que nem uma ONGs, por mais forte que seja, será maior que o Brasil e muito menos consiga apoio internacional capaz de ameaçar o poder do nosso País sobre o seu território.

O Senador Zequinha deveria se unir as ONGs e com elas trabalhar para proteger os recursos naturais e as pessoas que pobres, vítimas das desigualdades, muitas por ter sido expulsa de suas terras e obrigadas a migrar para as periferias das cidades paraenses, sem emprego ou sem renda, passando privações.

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