O dirigente da Federação da Indústria do Pará, José Mendonça, divulgou uma nota, como sempre faz, apontando na direção dos ambientalistas, colocando-os na condição de inimigos do progresso e do desenvolvimento, em razão dos cuidados que exigem na implantação das 16 plataformas de petróleo na Bacia Amazônica.
A Petrobrás, empresa brasileira de grande respeitabilidade, planeja explorar petróleo na região Equatorial do Brasil, que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, passando pelo Pará.
Os estudos técnicos e de viabilidade econômica foram encerrados e o projeto agora passa pelo crivo do meio ambiente e da sustentabilidade, onde deve sofrer críticas, que ao meu ver, são normais e bem-vindas, pois darão ao povo brasileiro a certeza que estamos fazendo tudo certo e com as devidas cautelas, para assegurar a sustentabilidade.
No final da Nota, o Senhor Mendonça, após criticar quem luta pelo bem da humanidade, afirma que a Amazônia precisa explorar o óleo para supera o paradoxo de “região rica e sociedade pobre, necessitada e submissa.”.
A frase é correta e reflete a dura realidade da maioria do povo que mora na Amazônia, mas não será a exploração do petróleo que mudará essa realidade que “machuca” quem não tem emprego, não tem casa, energia, saneamento, conectividade e mesmo comida na mesa, mesmo morando numa região farta.
Para mudar essa dura realidade será preciso investimentos na agricultura familiar, nas populações e comunidades tradicionais, na juventude das periferias das cidades da região.
Verticalizar os produtos de origem florestal, como o açai, o cacau, o cupuaçu. Segurar a floresta em pé, punindo quem desmata e valorizando quem cuida do meio ambiente. Investir em pequenos negócios sustentáveis, como é a economia criativa e o turismo de base comunitária, ajudará o Pará a trilhar um novo caminho.
Zé Carlos do PV 