Este post do deputado Eduardo Bolsonaro é o mais emblemático exemplo de fake news que já vi.

A postagem usa meias verdades para levantar suspeitas e afirmar posições negacionistas.
“As vacinas foram feitas mais rápidas do que o padrão”.
Isto é uma meia verdade e verdade não aceita meio termo.
Faltou dizer que não se abriu mão das fases decisivas dos testes para garantir a segurança dos efeitos da vacina. Também faltou esclarecer que houve uma união de todos os principais laboratórios em face da urgência humanitária provocada pela pandemia, garantindo a segurança das vacinas.
A dúvida sobre a utilidade da vacina é criminosamente colocada na pergunta:
“Isso significa que a vacina é inútil?”, completada pela resposta: “Não creio.”
O objetivo da postagem é colocar dúvidas nos efeitos das vacinas e isto fica claro na pergunta e na resposta malandra.
Mas a respota garante ao Deputado um argumento de defesa caso seja questionado sobre o fato de afirmar por outros meios a sua tese negacionista da inutilidade da vacina.
O segundo objetivo da nota é se contrapor a obrigatoriedade de que as pessoas apresentem o atestado de vacinação para ingressar e frenquentar ambientes fechados, com objetivo de não transmitir o vírus.
O pai do Deputado comeu pizza na calçada em Noca York por não ter o comprovante da vacina. O Exército Brasileiro cobra o atestado de vacinação para quem deseja visitar o Forte de Copacabana.
A primeira afirmação do Deputado, que deixei por último: “Tomei a 1ª dose de Pfizer e contraí COVID”.
Todos sabemos que o efeito da vacina vem apenas com a segunda dose e mesmo assim, em alguns casos, é possível a reinfecção, porém os vacinados não terão os sintomas graves e as mortes são evitadas, o que é um milagre da nossa ciência.
O deputado Eduardo Bolsonaro deveria ter seu mandado cassado por falta de decoro parlamentar ao publicar esta postagem.
Decoro parlamentar é a exigência feita aqueles que ocupam cargo público, que são obrigados a ter um comportamento ético superior a media do comportamento exigido dos demais cidadãos.
Pela nota publicada no Twitter, com mentiras, negacionismo, incentivo a não vacinação e rebeldia ao passaporte sanitário, o Deputado prova que não tem compromisso com a ética pública.